quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Let's Get Lost" documentário sobre Chet Baker e a canção "Almost blue"



CHET BAKER E O FILME DE BRUCE WEBER


Na segunda-feira, dia 28, passou na Arte (TV franco/alemã), o filme de Bruce Weber sobre Chet Baker "Let's get lost".

Gillespie

Filme, ou documentário, breve, com imagens muito belas e uma filmagem extraordinária. Fala dessa grande figura do Jazz e da música de sempre: O ícone do Jazz da Costa Oeste dos USA. 

Que foi "parceiro" de outros grandes: Gerry Mulligan, ou Dizzy Guillespie.

O filme ganhou o Prémio Internacional da Crítica, no Festival de Veneza em 1988.
Mostra-nos Chet no ano que precedeu a sua morte, às voltas com a droga, a abstinência que dolorosamente por vezes aguenta. 

Uma vida queimada pela droga que o rói, por dentro, e o destrói pouco a pouco. 
O grande trompetista e vocalista tem um rosto de velho, em que a pele parece cobrir uma caveira.
Tem o mesmo olhar triste e a melancolia das suas canções. 

Bruce Weber entrevista-o, segue-o, ouve-o. Ouve os amigos, as mulheres com quem viveu, os filhos.

Delineia-se uma personalidade complicada como não podia deixar de ser. Uma sensibilidade em que  a doçura alterna com a violência que se transfigura quando toca ou canta: uma voz límpida, uma música luminosa!

Um rosto de velho "que contrasta violentamente com a sua voz quase infantil, adolescente" (Hélène Delye, "le Monde").

Guardo o conselho que ele deixa aos filhos, já crescidos: "Escolher bem o que se quer fazer uma coisa de que se goste. E, depois, tentar fazê-lo o melhor possível, para se ser o melhor."

monumento a Chet Baker, Amesterdão

Suicidou-se, em Amesterdão, deitando-se da janela do hotel onde residia. Ano de 1988. Tinha 58 anos, "um rosto de velho e um corpo de jovem", disse a polícia.

No seu campo, ele foi sem dúvida um dos melhores!




1 comentário:

  1. Valeu a pena, Cara MJ, ir espreitar. Eu, que ando desmiolado, desabituado, vim à caixinha e vi o Falcão em voo picado. Seduziu-me.
    O Chet Baker é como um pai-nosso que se ouve e reza. A qualquer hora, até nas aflições mais intrincadas.
    Agora tenho os pés frios e tenho afazeres inadiáveis, vou-me embora. Mas hei-de voltar, que isto aqui é lugar de se regalar o espírito.
    Obrigado.
    Bj.

    ResponderEliminar